Porquê “esterilizar” e não “castrar”?

Os termos esterilizar e castrar são ambos utilizados para designar intervenções para tornar um animal estéril. Contudo, o termo castrar (ou capar) tem uma conotação extremamente negativa, estando associado a castigo e repressão, sendo habitualmente utilizado quando se fala da extracção violenta dos orgãos reprodutores dos machos, sem anestesia. Esta prática, lamentavelmente ainda comum na indústria pecuária, em nada se assemelha a uma esterilização cirgúrgica de cães e gatos realizada sob anestesia por um médico veterinário.

É importante distinguir claramente aquilo que é um acto desumano e doloroso daquilo que é um acto médico que não implica nenhum sofrimento, e utilizar o termo adequado para cada caso. Utilizar o termo castrar quando nos referimos a animais de companhia é contra-producente para a protecção dos animais, pois as pessoas associam-no — justificadamente — a uma crueldade e uma maldade que se faz ao animal, quando, na realidade, esterilizar não é um mal para o animal e representa um bem inestimável para a comunidade.